Brasília (17/11/2023) – Encontrar uma oportunidade, enfrentar resistências, interromper os atendimentos presenciais no campo foram alguns dos muitos desafios pelos quais passou Maria Damaris Ferreira de Lima até se tornar supervisora do Senar, no Rio Grande do Norte, e coordenar uma equipe de 13 técnicos.
Formada em zootecnia, Maria Damaris esperou por um bom tempo a oportunidade de trabalhar em algo que valia a pena. “Fiquei seis anos sem trabalhar na área, estava empregada em outro setor, mas nunca escondi meu sonho de atuar como zootecnista”.
No início houve uma certa resistência da família já que, para atuar na área, Maria Damaris teria que ir para outra cidade.
Não contou para os familiares, mas se inscreveu e foi selecionada para o cargo de técnica do Senar do Rio Grande do Norte, em 2018, na região do Vale do Açu. No ano seguinte, começou com o atendimento de produtores na Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).
A primeira tarefa foi atender um grupo de caprinoovinocultores em Lages (RN), região central do Estado. Em uma propriedade enfrentou resistência e desconfiança com sua capacidade de trabalho. “Voltei arrasada. Tive vontade de desistir, mas minha coordenadora me convenceu a ficar”.
Mais uma vez, prevaleceu a resiliência e Maria Damaris continuou indo na propriedade. Com seu trabalho, os animais ficaram mais saudáveis, a produção aumentou e o produtor mudou sua atitude com a técnica. “Ele reconhece o trabalho que fiz, demonstra gratidão o tempo todo. Nos tornamos grandes amigos”.
Outro momento bastante desafiador para Damaris foi a pandemia com a interrupção dos atendimentos presenciais em 2020. Na época, ela iniciava o trabalho de assistência técnica com um produtor de leite. Os contatos passaram a ser remotos, com as orientações sendo passadas por meio de vídeos.
Umas das orientações foi para o produtor começar o plantio de forrageiras e silagem para alimentar o rebanho em períodos sem chuva. “Ficamos cinco meses fazendo atendimento remoto e lembro que ele chegou a falar em desistir. Me dizia: ‘Damaris, eu não acredito que por ligação dê resultado’”.
Mas o tempo passou e com as orientações o produtor teve um resultado com a silagem melhor do que o esperado. “Ele cobriu toda a silagem como combinamos até o momento certo de descobrir. Neste dia, já tínhamos voltado ao presencial”.
Outro ganho na propriedade oi o reuso de água da chuva diante da dificuldade do recurso hídrico na região de Lages. O aproveitamento fez com que a produtividade também crescesse. “Encontrei um produtor desacreditado, chorando várias vezes diante da situação, mas, com muito trabalho e dedicação, as coisas deram certo”.
Com os resultados obtidos no período em que atuou como técnica de campo na ATeG, veio o convite para ser supervisora de campo. Atualmente, ela coordena 13 técnicos na região do alto oeste potiguar, onde vive atualmente.
Ao passar por todas essas situações, enfrentar e vencer os obstáculos, Maria Damaris gosta de repetir uma frase. “O que tiver que ser meu, vai ser. Deus é a prova disso”.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA
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